A ASSESSORIA E CONSULTORIA EM SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTENCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

  • Mariléa Borges de Lima Salvador Universidade Federal do Tocantins
  • Marília Lopes Golfeto Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Formação em Serviço Social. Educação Superior Indígena. Akw?-Xerente.

Resumo

Este paper é uma reflexão sobre a experiência de assessoria e consultoria técnica à Prefeitura de Tocantinópolis, realizada no ano de 2005, para implantação da Política de Assistência e Desenvolvimento Social do município, localizado na mesorregião do Bico do Papagaio, norte do Estado do Tocantins, no Território Indígena Apinajé, na época, com uma população de 25.000 habitantes e 981 famílias de etnia indígena. Por se tratar de uma sociedade de cultura política marcada pelo clientelismo, paternalismo e autoritarismo, com traços de relações sociais hiperindividualistas e alienantes, partimos da hipótese de que essas relações sociais estavam em conflito com uma nova ordem sociopolítica de caráter democrático-participativo, própria da transição democrática que travessava o país naquele momento histórico, quebrando as velhas amarras de poder imobilista. Destarte, optamos por desenvolver um trabalho pautado na prática socioeducativa, embasada nos referenciais do Serviço Social Crítico e da Pedagogia Social, capazes de estimular numa população extremamente vulnerável a possibilidade de acesso aos direitos básicos, trabalhando com ela, a reflexão para transformação desta realidade, uma vez considerando esse referencial como práxis capaz de suscitar o bem-estar social integral, com o desenvolvimento do contexto local e das categorias sociais nele atuantes. Assim, concluímos, confirmando a necessidade de se intensificar um trabalho socioeducativo de formação de gestores de políticas sociais de acordo com o novo desenho de democracia popular e institucional que a conjuntura da primeira década dos anos dois mil imprimiu para a sociedade brasileira.

Biografia do Autor

Mariléa Borges de Lima Salvador, Universidade Federal do Tocantins

Assistente Social, doutoranda em Serviço Social da PUC/SP. Docente Adjunta do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Tocantins.  Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre o Serviço Social, Formação e exercício Profissional – GEPESSFEP e Grupo de Estudo e Formação e Exercício Profissional em Serviço Social (GEFESS)

Marília Lopes Golfeto, Universidade Federal do Tocantins

Assistente Social, Mestre e Doutora pela UFRJ. Professora Adjunto II do Curso de Serviço Social da UFT. Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre o Serviço Social, Formação e exercício Profissional –GEPESSFEP e Grupo de Estudo e Formação e Exercício Profissional em Serviço Social (GEFESS). 

 

 

Referências

Este paper é uma reflexão sobre a experiência de assessoria e consultoria técnica à Prefeitura de Tocantinópolis, realizada no ano de 2005, para implantação da Política de Assistência e Desenvolvimento Social do município, localizado na mesorregião do Bico do Papagaio, norte do Estado do Tocantins, no Território Indígena Apinajé, na época, com uma população de 25.000 habitantes e 981 famílias de etnia indígena. Por se tratar de uma sociedade de cultura política marcada pelo clientelismo, paternalismo e autoritarismo, com traços de relações sociais hiperindividualistas e alienantes, partimos da hipótese de que essas relações sociais estavam em conflito com uma nova ordem sociopolítica de caráter democrático-participativo, própria da transição democrática que travessava o país naquele momento histórico, quebrando as velhas amarras de poder imobilista. Destarte, optamos por desenvolver um trabalho pautado na prática socioeducativa, embasada nos referenciais do Serviço Social Crítico e da Pedagogia Social, capazes de estimular numa população extremamente vulnerável a possibilidade de acesso aos direitos básicos, trabalhando com ela, a reflexão para transformação desta realidade, uma vez considerando esse referencial como práxis capaz de suscitar o bem-estar social integral, com o desenvolvimento do contexto local e das categorias sociais nele atuantes. Assim, concluímos, confirmando a necessidade de se intensificar um trabalho socioeducativo de formação de gestores de políticas sociais de acordo com o novo desenho de democracia popular e institucional que a conjuntura da primeira década dos anos dois mil imprimiu para a sociedade brasileira.
Publicado
2018-03-31
Seção
Artigos