Multidebates

EXPEDIENTE

Kyldes Batista Vicente — qui, 29 fev 2024 20:14:54 -0300

EDITORIAL

qui, 29 fev 2024 20:15:38 -0300

Os textos são um convite à reflexão sobre o campo do currículo, um repensar da área de educação, assim como promoção de um debate sobre gênero e formação de professoras/es na Amazônia nortista.

Damião Rocha

Lucélia de Moraes Braga Bassalo

Marcos Irondes Coelho

UMA “BOA ESCOLA” PARA JOVENS TOCANTINENSES, MARANHENSES E PARAENSES DA/NA AMAZÔNIA-TOCANTINA

MARCOS IRONDES COELHO — seg, 15 jan 2024 00:00:00 -0300

Ibero-América é a região do continente americano que engloba os países ou territórios onde se falam predominantemente o português ou espanhol. Estudos sobre educação ibero-americana fundamentam nossa pesquisa bibliográfica da Tese, em andamento no PEGED/UFPA/UFT. Dialogamos com autores como Ines Dussel (2005), Gilles Lipovetsky (2016), Juarez Dayrell (2007; 2016), Massimo Canevacci (2005). Nossa problemática é sobre o sentido de uma “boa escola” para os jovens e juventudes do ensino médio das escolas públicas tocantinenses, maranhenses e paraenses, da/na região amazônica-tocantina. Uma “boa escola” é aquela que todos os jovens e juventudes possuem a mesma oportunidade de apreender a acessar conhecimentos de qualidade referenciados socialmente. Uma “boa escola” é um ambiente livre de descriminados e discriminadores. Uma “boa escola” é “lugar” de acesso e permanência com êxito, uma “boa escola” melhora constantemente seu projeto curricular, é a boa educação que queremos para geração de jovens do bicentenário da independência dos estados iberoamericanos.

AS JOVENS DOCENTES EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA

Matheus Henrique Silva de Oliveira, Lucélia de Moraes Braga Bassalo — seg, 15 jan 2024 00:00:00 -0300

Neste texto, evidencia-se parte do resultado da pesquisa de mestrado que teve como título Condições de trabalho de jovens professoras universitárias, no contexto da oligopolização do Ensino Superior privado-mercantil em Belém/PA. Nesse recorte, apresento o que levam jovens docentes a trabalharem em dois ou mais postos de trabalho. Evidenciou-se que a rotina de trabalho ou exigências para sua realização se estende ao máximo dada a própria natureza do trabalho docente, acrescentadas a exigências trazidas pelo cenário pandêmico como, especialmente, a produção de material. Deste modo, outros aspectos que circundam a docência são deixados de lado, como a produção do conhecimento e participação em eventos acadêmicos. Além de ressaltarem o baixo ou inexistente interesse das instituições em incentivar a continuidade de estudos e obtenção de uma formação densa aos docentes. Esses sentimentos se agravam quando percebem a falta de valorização de sua profissão, indicando os baixos salários como elemento revelador da compreensão do papel e importância da atividade docente por seus empregadores. Recebendo salários irrisórios, as jovens docentes analisam que seus pares irão em busca de novos postos de trabalho exclusivamente por conta dos vencimentos pagos pelo setor privado de ensino superior, fazendo com muitos tenham que trabalhar em outras instituições de ensino ou apresentem outros empregos.

JOVENS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO E NORMAS ESCOLARES: entre restrições, transgressões e desafios

Alessandra Almeida Souza, Lucélia Braga Bassalo — seg, 15 jan 2024 00:00:00 -0300

O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa mais ampla acerca de como os estudantes de Ensino Médio de duas escolas públicas localizadas no bairro da Terra- Firme, em Belém do Pará, constroem, manifestam e significam atitudes e estratégias de enfrentamento de regras e normalizações escolares? O seu objetivo principal é apresentar a comprensão dos significados dos atos de resistência de jovens estudantes do Ensino Médio diante das normalizações escolares. O estudo vincula-se a uma abordagem metodológica qualitativa com o enfoque na fenomenologia social de Alfred Schütz. Para a reunião de dados foi utilizado Grupos de Discussão e como técnica de análise, o Método Documentário. O resultado apontou para o delineamento do modelo de orientação coletiva, denominado dicotomia; enigma; transgressão e proposição.

EDUCAÇÃO, DOCÊNCIA E JUVENTUDE RIBEIRINHA:

Vanessa Afonso da Silva, Lucélia de Moraes Braga Bassalo — seg, 15 jan 2024 00:00:00 -0300

Este estudo se voltou para as percepções de professores e professoras sobre a juventude ribeirinha com o intuito de compreender o modo como as concepções docentes implicam na prática educativa no contexto do Ensino Médio. Ainda, buscou investigar os desdobramentos dessas noções na formação crítica destes/as jovens e na construção de projetos de vida. E, por fim, pretendeu-se identificar os desafios, limites e possibilidades da prática docente com jovens ribeirinhos no Ensino Médio. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, fundamentada na Fenomenologia Social de Alfred Schutz. Utilizou-se a Entrevista Narrativa como instrumento para a reunião dos dados e a análise das narrativas se deu segundo o Método Documentário. Participaram da pesquisa 06 docentes que atuam com jovens ribeirinhos/as em uma escola de Ensino Médio localizada na Vila Maiauatá, no nordeste do Pará. Os resultados da pesquisa evidenciaram que ser professora/a de jovens ribeirinhos/as é desafiador, visto que o modelo educacional e o caráter homogeneizador do Ensino Médio não são favoráveis ao reconhecimento e valorização das diferenças e não contempla a dinâmica das comunidades ribeirinhas. Na percepção dos/as entrevistados/as, as juventudes ribeirinhas são constituídas por jovens com identidades e culturas diversas, com saberes construídos no dia-a-dia em comunidades ribeirinhas, na convivência e na relação com a natureza e demandas específicas. Ainda, os/as docentes se revelaram incentivadores dos projetos de vida de seus estudantes.

JOVENS, FEMINISTAS E UNIVERSITÁRIAS: RECONHECIMENTO E PERSPECTIVAS PARA A ATUAÇÃO DOCENTE

Ana Daniele Mendes Carrera, Lucélia de Moraes Braga Bassalo — seg, 15 jan 2024 00:00:00 -0300

Este artigo apresenta os resultados de uma investigação que teve como objetivo compreender como o vínculo de jovens estudantes de licenciatura com o movimento feminista influenciou na perspectiva de futuro da atuação docente, na formação de uma sociedade pautada no respeito e na equidade de gênero através do processo de reconhecimento como mulher, jovem e feminista. O estudo parte de conceitos como o da juventude pela perspectiva geracional e de reconhecimento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com enfoque na fenomenologia social, que tem como técnica de coleta de dados a entrevista narrativa como método de análise, o método documentário. Dos resultados, emergiram posições que serão apresentadas através das experiências e visões de mundo que as estudantes passaram a ter com o feminismo. Os sentidos e significados correspondem aos modelos de orientação identificados como: “Educação de mulheres”, "Educação feminista" e "Educação para a equidade de gênero".

OS SENTIDOS DA EXPERIÊNCIA ESCOLAR DE JOVENS MULHERES BOA-VISTENSES

Angélica Paula Ferreira Gomes, Lucélia de Moraes Braga Bassalo — qui, 29 fev 2024 20:25:18 -0300

Estudo realizado com jovens mulheres boa-vistenses egressas da Educação Básica do município de São Sebastião da Boa Vista, no estado do Pará. Teve como objetivo compreender os sentidos da experiência escolar, no Ensino Médio, identificar os elementos que se destacam na experiência escolar, analisar as singularidades das experiências nas trajetórias biográficas que marcaram as suas escolhas após o Ensino Médio e delinear os fatores que dificultaram ou impediram o prolongamento dos estudos. Com caráter qualitativo, adotou o Enfoque Fenomenológico, a Entrevista Narrativa e o Método Documentário como percurso metodológico. Ao final, revelou que os sentidos atribuídos à experiência escolar representavam uma esperança, relacionada ao que passou, mudou, transformou e, principalmente, ao que ainda viria, assim como influenciavam nos percursos seguidos após a Educação Básica, porque a intenção de prolongar os estudos vinha das expectativas criadas no espaço de aprendizagem.

A COR DA RELAÇÃO: OBSERVANDO A “PALMITAGEM” E AS PERCEPÇÕES DE RELACIONAMENTOS INTER-RACIAIS

Raul Pereira Alfonsin — qui, 29 fev 2024 00:00:00 -0300

O presente texto, tem por tema as relações inter-raciais. O objetivo é explorar a concepção dessas relações e sua relação com a valorização da negritude. Compreender as relações inter-raciais no aspecto pós escravidão e possíveis motivações racistas para casais interraciais brasileiros. O tema investiga a afetividade da população negra no que diz respeito as relações com pessoas brancas, popularmente e recentemente conhecida como “palmitagem”, ato de uma pessoa negra se envolver romanticamente com uma pessoa branca. A negritude que busca valorizar a cultura negra em países africanos ou com populações afrodescendentes expressivas que foram vítimas da opressão colonialista teve o termo originalmente apresentado pela primeira vez em Cahier d’un retour au pays natal (1939). A busca pela compreensão desses relacionamentos afetivo-sexuais com pessoas não negras é válida e tem sido bastante discutido e essa pesquisa visa refletir sobre essa contextualização/construção.

AQUILOMBAMENTO FEMININO: A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES NA PRESERVAÇÃO DOS FESTEJOS TRADICIONAIS RELIGIOSOS DO QUILOMBO POÇO DANTAS EM ALMAS TOCANTINS

Maria Livia Rodrigues, VALTUIR SOARES, Paulo Fernando de Melo Martins — qui, 29 fev 2024 20:35:28 -0300

Resumo: O trabalho versa sobre o empoderamento feminino na luta pela permanência do quilombo Poço Dantas. Investigar os saberes e fazeres tradicionais das mulheres desse território e suas contribuições na luta pela permanência desse quilombo, descrevendo suas vivências, são objetivos desta pesquisa. A comunidade quilombola Poço Dantas está localizada na região sudeste do Estado do Tocantins, na mesorregião de Dianópolis ocupada por vinte municípios e com cinco comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares. Ao delimitar essa região, investigamos os saberes e fazeres tradicionais da comunidade e como esse legado cultural é socializado às novas gerações. Foram utilizadas técnicas de pesquisa/coleta de dados, entrevistas, figuras gráficas, para assim descrever as vivências dessas mulheres que possuem suas raízes educacionais e culturais na comunidade quilombola Poço Dantas. Com isso, serão retratados saberes e fazeres tradicionais comumente invisibilizados pela sociedade, pela Universidade e pela pesquisa em educação. Saberes e fazeres tradicionais importantes no processo de aquilombamento e empoderamento feminino dessas mulheres, historicamente colocadas às margens da vida social, cultural e educacional assim como reprimidas pelo racismo estrutural.

IGUALDADE E PRECONCEITO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA SOBRE RACISMO E SEXISMO

Thaís Copelli, Lucélia Bassaloo — qui, 29 fev 2024 20:36:49 -0300

Este escrito é fruto da dissertação de mestrado cujo objeto de estudo versou acerca da formação inicial de professores no que tange ao debate da igualdade e do preconceito na perspectiva de estudantes concluintes de cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras-Língua Portuguesa e Matemática. De modo que foi possível refletir a maneira que os futuros docentes percebiam a formação recebida no que se refere a construção de subsídios para o trato de questões relativas ao preconceito de gênero e ao preconceito de raça, nas formas do sexismo e do racismo respectivamente, no futuro exercício da profissão docente.

Em termo teóricos foi utilizada a fenomenologia social de Alfred Schutz (1970) para sustentação da investigação. O referencial teórico sobre formação de professores foi pautado em Marli André (2010), Francisco Imbernón (2006) enquanto formação ao longo da vida. Trouxemos Vera Candau (2012) para discutir igualdade como oposição a desigualdade e não a diferença, como comumente encontramos. Acerca da questão racial foi posto o pensamento de Nilma Lino Gomes (2011; 2005) e sobre gênero de Guacira Louro (2008), ambos tido como construções sociais. Racismo tido de acordo com Nilma Lino Gomes (2011) e sexismo por Karin Smigay (2002.)

Metodologicamente o estudo foi realizado enquanto abordagem qualitativa de acordo com os preceitos de Bernadette Gatti e Marli André (2011), Norma Dezin e Yvonnnas Lincon (2006) e Uwe Flick (2009). A pesquisa foi do tipo qualitativa reconstrutiva de acordo com Wivian Weller (2009). Os instrumentos de coleta e de análise foram pautados em Martin Bauer e Sandra Jovchelovitch (2002) e em Fritz Schütze (2011; 2014) por meio da entrevista narrativa e da análise estrutural das narrativas, respectivamente.

RELAÇÕES DE GÊNERO E PRÁTICAS CORPORAIS NA VISÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Jeanne Lima Oliveira, Lucelia de Moraes Braga Bassalo — qui, 29 fev 2024 20:38:00 -0300

Este estudo é resultado de uma pesquisa que buscou compreender como as práticas corporais na escola são afetadas pela compreensão das relações de gênero entre docentes de Educação Física que atuam no Ensino Médio. Trata-se de uma a pesquisa qualitativa ancorada na fenomenologia social que utilizou a entrevista narrativa como instrumento de coleta de dados e o Método Documentário para a interpretação de dados junto a seis professores/as de Educação Física atuantes no munícipio de Belém, Pará. Os resultados delinearam o modelo de orientação “desconhecimento”, caracterizado pela falta de entendimento sobre as relações de gênero, de modo que utilizam o gênero como um fator binário para a composição e organização das atividades, atingindo a participação, especialmente, das meninas, embora tenha sido possível identificar mudanças neste processo.

GÊNERO E SEXUALIDADE NA ESCOLA? O QUE DIZEM OS PROFESSORES E AS PROFESSORAS INICIANTES DAS ESCOLAS MARAJOARAS DE SALVATERRA /PA

Ramon Roberto de Jesus Barroso, Lucélia de Moraes Braga Bassalo — qui, 29 fev 2024 20:38:58 -0300

O texto apresenta os resultados de uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Educação (Mestrado) da Universidade do Estado do Pará, tem por objetivo centraldiscutir se o currículo escolar e as práticas pedagógicas dos/das docentes iniciantes que atuam em escolas de Salvaterra/PA iniciantes contemplam as temáticas de gênero e sexualidade. Os dados foram reunidos por meio de entrevistas narrativas com seis docentes iniciantes (três professores e três professoras) e analisados por meio do Método Documentário. As narrativas indicam que o cenário não tem sido favorável para tratar desses assuntos nas práticas pedagógicas, pois tem prevalecido discursos conservadores que buscam cercear tais discussões no campo educacional, indicando a necessidade de criação de políticas de formação de professores voltados para as temáticas de gênero e da sexualidade, a reformulação dos currículos que não atendem a essas demandas, consequentemente a oposição ao modelo proposto pela BNCC, o estreitamento da relação sociedade-escola com vista a garantir apoio aos docentes que possuem intencionalidades para com esses temas e a constante reflexão sobre o papel da escola e do docente no acolhimento às diferenças.

LGBTFOBIA NAS VIVÊNCIAS ESCOLARES DE PESSOAS EGRESSAS DO ENSINO MÉDIO EM MARACANÃ/PA

Josué De Carvalho Casseb Júnior — qui, 29 fev 2024 20:40:00 -0300

Esta texto busca sintetizar uma pesquisa de mestrado em educação. O objetivo geral da pesquisa foi compreender como pessoas LGBT egressas do Ensino Médio experienciaram a LGBTfobia em suas vivências escolares advindo de práticas pedagógica dos e das docentes diante de seus modos de existir; os objetivos específicos detem-se a reconstruir nas trajetórias de vida as experiências LGBTfóbicas a partir do processo de reconhecimento e de revelação de sua identidade de gênero e orientação sexual, assim como discutir se as experiências escolares são marcadas por ações de silenciamento da diversidade de gênero e sexualidades na escola e por fim problematizar iniciativas docentes e escolares relativas a atividades tematizando gênero, orientação da sexualidade e a LGBTfobia. A inquietação que embasa tais objetivos parte da questão: De que forma pessoas egressas do Ensino Médio, que expressam seu gênero e orientação sexual de forma não normativa, experienciaram efeitos da LGBTfobia na prática pedagógica na escola de Ensino Médio diante de seus modos de existir? Para entender, responder e alcançar os objetivos, este estudo utilizou-se da pesquisa qualitativa com abordagem na fenomenologia social, tendo como instrumento de coleta de dados a entrevista narrativa e posteriormente aplicação do método documentário de interpretação que nos possibilitou compreender os sentidos e significados que emanam das vivencias de vida no Ensino Médio das pessoas entrevistadas, ao qual identificamos no texto por Dandara, Paulo e Siena. A partir do processo interpretativo concluímos que a LGBTfobia infelizmente fez parte da realidade estudantil das pessoas entrevistadas, no qual pode ser confirmada a partir de três modelos de orientação intituladas de “Viver entre conflitos”, “LGBTfobia escolar” e “Pedagogia da Negação” que revelam uma educação/escola que reforça padrões heteronormativos de orientação da sexualidade e de identidade de gênero e práticas pedagógicas marcadas pelo inércia e silenciamento diante das situações de preconceito que excluem o diálogo e o contato com a diversidade sexual ao se omitir, relativizar e marginalizar o preconceito contra alunos e alunas LGBT.

A EXCLUSÃO DOS TERMOS “IDENTIDADE DE GÊNERO” E “ORIENTAÇÃO SEXUAL” DA BNCC

Silvane dos Passos Barbosa dos Santos Araújo — qui, 29 fev 2024 20:41:14 -0300

O presente texto apresenta os resultados de uma pesquisa construída em torno da questão: O que se publicou sobre a Base Nacional Comum Curricular no período de 2020 a 2022, principalmente em relação à presença da diversidade sexual no currículo escolar? Para tanto, foram mapeados vídeos no Youtube e pesquisas produzidas nos períodos de 2020 a 2022, nos programas de pós-graduação em Educação, bem como, analisadas as produções a partir dos resultados obtidos. Estes apontam para o retorno a um silenciamento e conformações tácitas.

ESTADO DA ARTE SOBRE HOMOFOBIA E EDUCAÇÃO

Jardinélio Reis da Silva, Damião Rocha — qui, 29 fev 2024 20:42:11 -0300

Este ensaio apresenta resultados parciais de uma pesquisa em andamento que teve como objetivo mapear teses e dissertações dos programas de pós-graduação em educação, situados nos estados do norte do Brasil que tiveram a homofobia como tema central de pesquisa. O corpus foi obtido junto à Plataforma Sucupira, no período abrangente de 2001 a 2021. Os resultados apontaram sete trabalhos, sendo quatro no Estado do Pará e três no Estado do Tocantins. Os principais temas interseccionados com a homofobia foram escola, família, religião, redes sociais, crimes, futebol, narrativas e literatura.

A (RE)EXISTÊNCIA DE INDÍGENAS T NA AMAZÔNIA TOCANTINA

MARCOS IRONDES COELHO, Alexandre Araripe — qui, 29 fev 2024 20:46:33 -0300

O trabalho aborda o fenômeno da “transgeneridade” entre indígenas da Ilha do Bananal no estado do Tocantins, a partir da “observação participante” das/com/as pessoas indígenas transgêneros da etnia Javaé e Karajá. Nosso Tema de pesquisa: as “pessoas indígenas T entre gênero”, pois suas (re)existências desafiam às práticas pedagógicas e curriculares da educação escolar e universitária na Amazônia Tocantina. Nosso Objetivo geral: compreender o contexto do aldeamento e o cotidiano das redes sociais no qual estas pessoas existem e vivenciam suas identidades de gênero. Pautada na “Pesquisa-Implicada” de abordagem fenomenológica, tem como método a etnometodologia e etnopesquisa-formação, além de trazer uma amostragem de uma Netnografia do movimento virtual LGBT indígena. Destaca-se ainda que as pessoas indígenas T, não se incomodam com a classificação que a cultura americana e eurocêntrica lhes atribui, vivendo e (re)existindo sua transfeminilidade em sua comunidade de pertencimento, porque vidas indígenas transfemininas importam muito para eles e para nós nesse trabalho, somos todas parentes e da mesma comunidade.

E AS MENINAS NA MEDIDA DE INTERNAÇÃO? A QUESTÃO DE GÊNERO DENTRO DAS UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS

qui, 29 fev 2024 20:47:32 -0300

O presente trabalho analisou a relação das meninas que cumprem medida de internação em uma interface com as discussões de gênero e proteção integral no sistema socioeducativo. Tem como objetivo descrever o perfil das adolescentes que passaram pelo CEIP (Centro de Internação Provisória de Palmas - TO) no ano de 2019. Quanto ao referencial teórico - metodológico, foram observadas as variáveis: idade, etnia, escolaridade e ato infracional, com uma análise em uma perspectiva de abordagem dos marcadores sociais e a questão de gênero presentes na execução da política de socio educação. Com base nos estudos de Arruda (2011), Bordieu (2012) e Rampin (2011), desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, de caráter explicativo e descritivo. Concluímos que o perfil das meninas atendidas é de: faixa etária de 17 anos, afrodescendentes, com defasagem escolar e ato infracional roubo, furto e tráfico num mesmo percentual. Verificou-se que no CEIP/Palmas a execução da internação se assemelha às medidas previstas no SINASE, com representativas demarcações em razão do gênero.

O CONSELHO ESCOLAR E AS DIVERSIDADES: O PAPEL DESSE IMPORTANTE AGENTE PARA O FORTALECIMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Joilma Abreu Cabral do Vale — qui, 29 fev 2024 20:48:45 -0300

A escola deve incorporar o saber, a socialização e o bem-estar do estudante. O Conselho Escolar é um instrumento de força democrática que permite a participação ativa na gestão escolar. Promover uma gestão autônoma e democrática da escola é essencial para promover a qualidade do ensino. A gestão escolar é fundamental para o bom funcionamento da escola, garantindo integração e coordenação. Maior motivação dos professores e funcionários contribui para aulas mais eficazes. Promover uma gestão democrática é essencial para o processo de ensino e aprendizagem. Esse trabalho apresenta as análises teóricas sobre a gestão democrática e os conselhos escolares e tem como objetivo desenvolver um estudo de caso a ser realizado nos Centros de Ensino Médio de Palmas - TO buscará ter uma abordagem quali quantitativa do tipo exploratória e descritiva, que buscará detalhar o cenário atual da gestão escolar democrática com ênfase no trabalho de inclusão de agendas que visem minimizar os impactos sofridos pelos estudantes no que diz respeito às diversidades nesses espaços escolares de grande relevância para o município.

O PLANO DE CARREIRA, CARGOS E REMUNERAÇÃO COMO MATERIALIZAÇÃO DA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO MAGISTÉRIO PÚBLICO

Katia Cristina Custódio Ferreira Brito, Raimunda Leila Martins de Sousa — ter, 19 dez 2023 00:00:00 -0300

O artigo problematiza os Planos de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) do Magistério Público da Educação Básica, com a seguinte indagação: Quais os pressupostos históricos, legais do processo de valorização do profissional de educação básica? Objetiva apreender aspectos conceituais e legais do processo de valorização do profissional de educação básica. A metodologia apresenta abordagem qualitativa, análises documentais em fontes primárias, secundárias e produção teórica a partir de revisão bibliográfica. Os resultados apontam o plano de carreira como um documento que ultrapassa um conjunto de normas mas expressa as concepções de educação, de ensino, de escola, de sociedade e mundo, a partir do debate nos diferentes espaços de vivências; revelam que, a valorização do magistério público da educação básica por meio de PCCR ganhou respaldo nas legislações educacionais, na CF de 1988; demonstra ainda, que para esse objeto de pesquisa, há demanda por novas pautas de discussões e aprofundamento nos estudos e debates coletivos como possiblidade de valorização profissional por meio de PCCR.

CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E CRIANÇA: DA CRIANÇA INVISÍVEL AO DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS CURRICULARES NO BRASIL

MÁVIA MATIAS COSTA, Juciley Evangelista Freire — qui, 29 fev 2024 20:51:33 -0300

Resumo: Este artigo é parte de um trabalho de dissertação apresentado ao Mestrado Profissional em Educação da Universidade Federal do Tocantins. A questão que norteou um dos capítulos do estudo foi: como as concepções de infância e criança foram se constituindo ao longo da história, em que as crianças passaram de um sujeito invisível a sujeito histórico e de direitos. Objetivou-se discutir a trajetória das concepções de infância e criança e os fundamentos que orientam as políticas educacionais para a Educação Infantil no Brasil. Trata-se de um estudo teórico, de abordagem qualitativa, do tipo revisão de literatura. Os resultados apontam significativas conquistas das crianças ao longo da história, muitos avanços foram alcançados mediantes as lutas de diferentes setores da sociedade civil. Em que existem legislações especificas que garantem os seus direitos de serem crianças e viverem as suas infâncias.

Palavras-Chaves: Concepção de Infância e Criança, Educação Infantil, Criança Sujeito de Direitos, Políticas Educacionais.

CORPOREIDADE E EDUCAÇÃO: MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM SÉRIES INICIAIS

Tamirez Santana Muniz — qui, 29 fev 2024 20:53:06 -0300

A corporeidade busca conceber o ser humano em sua totalidade: emoção, corpo, movimento, sentimento e cognição, para experimentar novas formas expressivas de pensar e agir, sentir, com o anseio de desenvolver uma educação mais autônoma e emancipatória. Sendo assim, a corporeidade desenvolvida nas escolas pode contribuir muito com o processo de emancipação porque promove uma flexibilização, impedindo qualquer tipo de bloqueio que poderia impedir a livre expressão e gerar mais alienação. Desta forma, o presente artigo tem como principal objetivo identificar como os educadores das séries iniciais compreendem a corporeidade infantil e a utilizam em suas aulas. Foi aplicado um questionário com sete (7) perguntas, os resultados foram colocados fielmente como estavam no questionário aplicado, onde se constatou que os educadores de modo geral, precisam compreender e ter consciência da real importância da corporeidade no processo de ensino aprendizagem, pois percebe-se uma certa insegurança ao falarem sobre o papel da corporeidade e como a utiliza em suas aulas.

OS JOGOS INDÍGENAS KRAHÔ COMO CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO TOCANTINS

Kairo Tavares Freire, Eduardo José Cezari — qui, 29 fev 2024 20:58:26 -0300

O texto é um estudo sobre os Jogos Tradicionais do Povo Krahô, na Escola Estadual Indígena 19 de Abril, localizada na Aldeia Manoel Alves Pequeno, município de Goiatins – TO. Assim, teve como objetivo geral compreender a cultura Krahô e os jogos tradicionais, identificando as principais modalidades esportivas da educação física escolar na escola. A problemática da pesquisa se delimita no entorno da questão norteadora: quais contribuições dos jogos tradicionais indígenas Krahô para as modalidades esportivas da educação física escolar regular? No tocante à metodologia, o estudo é etnográfico, com base na concepção de pesquisa participativa, e ainda observação participante. Os resultados sinalizam a dinâmica dos jogos e brincadeiras indígenas e sua contribuição para uma educação escolar indígena intercultural e bilíngue. A prática dos professores, especialmente daqueles que ministram aulas de Educação Física Escolar poderão se ressignificadas a partir do momento que perceberem que os jogos indígenas a exemplo da corrida de tora, arremesso de lança, cabo de guerra, canoagem, lutas corporais, dentre outras práticas que objetivam a troca de experiências com outras etnias, a confraternização, o interesse em aprender e confraternizar e não buscam o rendimento e a competição de troféus como os exercícios físicos e atividades desportivas da escola regular.

CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Letícia Apoliana Ferreira Barbosa, Juciley Silva Evagenlista Freire — qui, 29 fev 2024 21:03:47 -0300

Este artigo científico discute a Proposta de Educação Infantil contida na Base Nacional Comum Curricular (BNCC-EI) do Brasil a partir da perspectiva da Teoria Histórico-Cultural. O objetivo do estudo é analisar os Campos de Experiência da BNCC-EI em relação ao desenvolvimento e aprendizagem infantil. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e análise documental. Os resultados mostram que a BNCC-EI busca promover a igualdade de conteúdos e ensino entre as redes públicas e privadas, porém, levanta-se a questão se é possível construir uma proposta curricular que leve em consideração a diversidade cultural brasileira. A análise dos Campos de Experiência revela que eles enfatizam noções, atitudes, valores e afetos que as crianças devem desenvolver de acordo com suas faixas etárias. No entanto, existe uma crítica em relação à abordagem dos bebês nessa proposta curricular. Conclui-se que o desenvolvimento e a aprendizagem na Educação Infantil são processos complexos e interdependentes, e é necessário considerar a diversidade cultural e social no currículo dessa etapa da educação. É fundamental também repensar a formação de professores para que eles possam organizar objetivos adequados e promover o desenvolvimento infantil.

CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DAS PROFESSORAS DE CRECHES

Cleonici Araujo Coelho, Jocyléia Santana dos Santos — sex, 15 mar 2024 00:00:00 -0300

Concebendo criança como sujeito de direitos de vivências e desenvolvimentos, as creches
e pré-escolas precisam construir currículos para a educação infantil que potencialize o
desenvolvimento integral, com base na BNCC que organiza o currículo da educação infantil em
campos de desenvolvimento e aprendizado e direitos de conviver, brincar, participar, explorar,
expressar e conhecer-se. Este trabalho investiga concepções de professoras da Educação Infantil
sobre o trabalho curricular com os “campos de experiências e direitos de aprendizagem e
desenvolvimento” conforme a BNCC. A pesquisa realizada em duas etapas, primeira, bibliográfica e
documental, em que revisamos as concepções históricas, conceitos sobre a infância, criança e
educação infantil, e currículo na Educação Infantil, e documentos que amparam os direitos da criança
e da infância; a segunda, um estudo de caso. De abordagem qualitativa, nossos resultados sinalizam
que a implementação da BNCC-EI tem dificuldade nas creches e pré-escolas em função da não
formação de professoras em atuação para trabalhar nessa nova perspectiva de currículo e de
trabalho com bebês, as crianças bem pequenas e as crianças pequenas da educação infantil
municipal.