DO CONFLITO AMOROSO À TRAJETÓRIA PERCORRIDA PELA BUSCA DO AUTOENCONTRO: UM OLHAR EM RELAÇÃO À OBRA ÁGUA VIVA DE CLARICE LISPECTOR
Resumo
O presente estudo objetiva realizar uma sondagem em relação à obra “Água Viva” de autoria da escritora Clarice Lispector, enfocando neste olhar sobre a narrativa o processo de construção do conflito/rompimento amoroso, e compreendendo-o ainda, como ponto de partida rumo a uma trajetória de autoencontro na qual a narradora-personagem se direciona. Para tanto, toma-se como aporte teórico os estudos de Barthes (1973); (2007), Boeno (2017), Helena (1997), Matos (2009) e Sartre (1970), os quais fundamentam as discussões arroladas nesta proposta. Diante disso, é que se torna possível perceber-se instaurado já no inicio da narrativa a hipótese do conflito amoroso, constituído a partir de uma relação dialética entre um eu (narradora-personagem) e um tu (possível amante), cuja tensão provoca na personagem o desejo de se autoencontrar, construído entre o ato de morrer e renascer por meio da palavra, entre a aceitação e negação, mas efetivado somente e, sobretudo, por meio da escrita.
Referências
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