BAILE PERFUMADO: RETOMADA DO CINEMA PERNAMBUCANO
Resumo
Este estudo objetiva refletir sobre a realidade estética e social contemporânea, partindo da análise das obras fílmicas do novo cinema pernambucano. Fazemos um percurso histórico do cinema em Pernambuco. Para tal, partimos das pesquisas acerca do início do cinema em Pernambuco, por volta de 1922, a partir do chamado “Ciclo do Recife”, passando pela segunda metade da década de 1950, quando surgiu o Cinema Novo. Com o fim do Cinema Novo, surge, a partir de 1970, o chamado Cinema Marginal, que dá continuidade à postura contestatória e ao privilégio das questões político-sociais anteriormente defendidas. Ainda na década de 1970, teve início o movimento chamado “Ciclo do Super-8”. A partir do percurso histórico desse novo modo de fazer cinema, tomamos como ponto de partida para a pesquisa o filme “O Baile Perfumado”, de 1996, com direção conjunta de Lírio Ferreira e Paulo Caldas. Seu lançamento marcou os novos caminhos do cinema brasileiro, apresentando uma estética que se distancia das comédias urbanas de inspiração televisiva, que eram exploradas até então. Neste sentido, ele representa um certo marco histórico do novo do cinema pernambucano, mais de 20 anos após seu lançamento, obra que ainda é vista como uma universidade de cinema para toda uma geração.
Referências
BAILE PERFUMADO. Direção: Lírio Ferreira, Paulo Caldas. Produção: Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Aramis Trindade, Germano Coelho Filho, Marcelo Pinheiros. Interpretes: Duda Mamberti, Jofre Soares, Cláudio Mamberti, Luiz Carlos Vasconcelos, Giovanna Gold, Aramis Trindade, Chico Dias. Roteiro: Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Hilton Lacerda. Rio Filme, 1996. 93 min., cor.
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