LGBTFOBIA NAS VIVÊNCIAS ESCOLARES DE PESSOAS EGRESSAS DO ENSINO MÉDIO EM MARACANÃ/PA

Resumo

Esta texto busca sintetizar uma pesquisa de mestrado em educação. O objetivo geral da pesquisa foi  compreender como pessoas LGBT egressas do Ensino Médio experienciaram a LGBTfobia em suas vivências escolares advindo de práticas pedagógica dos e das docentes diante de seus modos de existir; os objetivos específicos detem-se a reconstruir nas trajetórias de vida as experiências LGBTfóbicas a partir do processo de reconhecimento e de revelação de sua identidade de gênero e orientação sexual, assim como discutir se as experiências escolares são marcadas por ações de silenciamento da diversidade de gênero e sexualidades na escola e por fim problematizar iniciativas docentes e escolares relativas a atividades tematizando gênero, orientação da sexualidade e a LGBTfobia. A inquietação que embasa tais objetivos parte da questão: De que forma pessoas egressas do Ensino Médio, que expressam seu gênero e orientação sexual de forma não normativa, experienciaram efeitos da LGBTfobia na prática pedagógica na escola de Ensino Médio diante de seus modos de existir? Para entender, responder e alcançar os objetivos, este estudo utilizou-se da pesquisa qualitativa com abordagem na fenomenologia social, tendo como instrumento de coleta de dados a entrevista narrativa e posteriormente aplicação do método documentário de interpretação que nos possibilitou compreender os sentidos e significados que emanam das vivencias de vida no Ensino Médio das pessoas entrevistadas, ao qual identificamos no texto por Dandara, Paulo e Siena. A partir do processo interpretativo concluímos que a LGBTfobia infelizmente fez parte da realidade estudantil das pessoas entrevistadas, no qual pode ser confirmada a partir de três modelos de orientação intituladas de “Viver entre conflitos”, “LGBTfobia escolar” e “Pedagogia da Negação” que revelam uma educação/escola que reforça padrões heteronormativos de orientação da sexualidade e de identidade de gênero e práticas pedagógicas marcadas pelo inércia e silenciamento diante das situações de preconceito que excluem o diálogo e o contato com a diversidade sexual ao se omitir, relativizar e marginalizar o preconceito contra alunos e alunas LGBT.