PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL EM ADOLESCENTES DE PALMAS/TOCANTINS

Edilma Fiel Barbosa Fiel Barbosa; Débora Cirqueira Vieira Okabaiashi; Domiciana Santana Parente; Gessi Carvalho de Araújo Santos; José Fiel de Oliveira Filho; Maraína Moreira da Costa; Maria Teresinha Monteiro Neta Ribeiro; Wilson Roberto Catapani

Edilma Fiel Barbosa Fiel Barbosa ITOP
Débora Cirqueira Vieira Okabaiashi Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins https://orcid.org/0000-0003-4348-9670
Domiciana Santana Parente Faculdade ITOP https://orcid.org/0000-0001-5241-3147
Gessi Carvalho de Araújo Santos Universidade Federal do Tocantins-UFT https://orcid.org/0000-0001-5091-2903
José Fiel de Oliveira Filho Faculdade ITOP https://orcid.org/0000-0003-1087-7298
Maraína Moreira da Costa https://orcid.org/0000-0001-7030-4577
Maria Teresinha Monteiro Neta Ribeiro Secretaria da Educação Juventude e Esportes do Estado do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-1022-6711
Wilson Roberto Catapani Fundação de Medicina ABC https://orcid.org/0000-0002-0412-2182

Palavras-chave: Síndrome do intestino irritável; Adolescente; Prevalência.

Resumo

Introdução - A Síndrome do intestino irritável (SII) é causa muito frequente de consultas médicas em nosso meio, são raros os estudos nacionais sobre sua prevalência e fatores associados.

Objetivo - Investigar a prevalência de SII em adolescentes da cidade de Palmas - Tocantins, com os critérios do diagnósticos de Roma III e seus fatores relacionados.

Métodos- Estudo Transversal. Amostra calculada para um poder de 80% e alfa p? 0,05. Quinhentos e quarenta e seis adolescentes com 13-19 anos preencheram questionário contendo critérios de Roma III para SII pediátrica, além de dados demográficos, perguntas sobre hematoquezia, febre, clocking, emagrecimento e anorexia, desencadeamento da dor com alimentação, aleitamento materno, separação dos pais. As escolas foram alocadas aleatoriamente de acordo com sua localização nas 3 regiões da cidade de Palmas. Foram diagnosticados como SII sujeitos preenchendo critérios de Roma III sem nenhum dos sinais de alarme citados.

Resultados – dezessete questionários incompletos foram descartados. Entre os 529 analisados, 264 do sexo masculino e 265 do sexo feminino, média de idade e desvio padrão 16,3 +- 1,1 anos. Entre estes, houve 39 diagnósticos como SII (7,37%). A análise univariada mostra risco maior no gênero feminino (razão de risco 13,4; IC 95% 4,2 a 44,9%, p<0,001); idade entre 17 a 19 anos comparadas com 13 a 16 anos (razao de risco 3,4;IC 95% 1,7 a 6,7 p<0,001); ter nascido em outro estado que não Tocantins (razão de risco 2,7; IC 95% 1,1 a 5,3, p=0,027), e sintomas desencadeados por alimentacão (razão de risco 5,2;IC 95% 2,7 a 10,3 p<0,001)

Conclusão – A prevalência global de SII entre adolescentes de 13 a 19 anos na cidade de Palmas foi de 7,37%, pertencer ao gênero feminino aumenta em 11,7 vezes o risco de SII em relação ao masculino. Ter entre 17 a 19 anos aumenta em 2,7 vezes o risco em comparação à faixa de 13 a 16 anos. Sujeitos com SII têm risco 4 vezes maior do que os controles da dor abdominal desencadeada pela alimentação. Aleitamento materno, separação dos pais, região de moradia na cidade não foram fatores de risco identificados.