A PRÁTICA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E O PAPEL DO ENFERMEIRO NO EMPODERAMENTO DA MULHER
Resumo
A violência obstétrica de acordo com a Organização Mundial de Saúde é configurada por qualquer atitude desumanizada por parte dos profissionais de saúde no ciclo gravídico-puerperal, a qual um quarto das brasileiras que vivem partos normais referem ter sido vítimas de violência e/ou maus-tratos nas maternidades, o que revela a negligência dos direitos do corpo e reprodutivos das mulheres, assim como o despreparo dos profissionais para atuarem frente a saúde da mulher, e tem como objetivo descrever a importância da atuação do enfermeiro na prevenção de violência obstétrica. Este trabalho se faz por meio de revisão narrativa de natureza bibliográfica. Diante dos resultados observa-se a necessidade de processos educacionais, a fim de que o profissional possa prestar uma assistência de qualidade em todo o ciclo gravídico-puerperal bem como ser responsável por ofertar educação em saúde frente aos direitos da mulher. Conclui-se que o enfermeiro é tido como um fator de proteção para a quebra das ações de violência obstétrica, e ocupa uma posição de destaque para o empoderamento da mulher.
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