A BAIXA PROCURA PELO CURSO DE PEDAGOGIA EM PALMAS/TO

PROFESSOR – PROFISSÃO EM EXTINÇÃO?

  • Pedro Henrique Ribeiro Guedes PROIC/ITOP
  • Elizabeth Maria Lopes Tolêdo Faculdade ITOP, Unitins
Palavras-chave: CURSO DE PEDAGOGIA, OFÍCIO DE PROFESSOR, INDESEJO PELA PROFISSÃO

Resumo

O presente artigo é fruto de uma pesquisa desenvolvida nas escolas do ensino médio da rede de ensino da cidade de Palmas –TO. Essa investigação teve como objetivo reconhecer “porquê” cada vez mais diminui o número de pessoas que desejam ser professor, isto é, porque a procura pelos cursos de Pedagogia em Palmas está cada vez menor. Utilizou-se uma abordagem quantitativa -qualitativa para a realização dessa pesquisa.  Como instrumento dessa investigação foi aplicado um questionário contendo questões objetivas categorizadas de forma a atender aos objetivos propostos no projeto. Teve como amostra, noventa e quatro alunos concluintes do ensino médio de Palmas, sendo duas escolas públicas e duas particulares. Os dados coletados foram descritos e analisados com base em autores e pesquisadores sobre o tema. Concluiu-se que os alunos da rede privada, bem como os  da rede oficial de ensino revelaram que admiram muito o ofício de professor, no entanto, reconhecem ser uma profissão desvalorizada pela sociedade e pelos próprios alunos, além das condições de trabalho desfavoráveis, os salários relativamente baixos pela carga horária semanal extensa além da grande responsabilidade exigida pela função. O cenário delineado nessa pesquisa certifica a baixa procura pelo curso de Pedagogia e a falta de desejo pela profissão. No entanto, não justifica apenas atribuir a culpa ao governo, a escola, aos pais e aos alunos, visto que, se o professor não lutar por melhores condições para o exercício da profissão e não demonstrar comprometimento com a função desempenhada, a situação tenderá, cada vez mais a caminhar para o caos e o número de pessoas a se interessar por essa profissão será cada vez menor.

Referências

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis: Vozes, 2006.

DENZIN, Norman K. e LINCOLN, Yvonna S. O planejamento da pesquisa qualitativa. Teorias e abordagens. 2 ed.Porto Alegre: Artmed, 2006.

GIROUX, H. A. O pós-modernismo e o discurso da crítica educacional. In: SILVA, T. T. (Org.). Teoria Educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. Trad. Heloísa Monteiro e Francisco Settineri. A construção do saber - Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes Médicas; Belo Horizonte: UFMG, 2009.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2001.

SCHIMIED-KOWARZIK, W. Pedagogia Dialética. São Paulo: Brasiliense, 2002.
http://www.apagina.pt/?aba=6&cat=502&doc=15115&mid=1 Ser professor: inquietações e desafios. Página da educação. Acesso em 22 de jul. 2016.

MATTOS, Eloisio Alves de. Professores insatisfeitos, pais indiferentes e alunos desmotivados. Março de 2014. http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/131943/Professores-insatisfeitos-pais-indiferentes-e-alunos-desmotivados.htm

NOVA ESCOLA Edição 229. Francisco Caloia H. Alfredo. Banalizando o professor: que sociedade a construir? Outubro de 2012
http://novaescola.org.br/politicas-publicas/carreira/ser-professor-escolha-poucos-docencia-atratividade-carreira-vestibular-pedagogia-licenciatura-528911.shtml acesso em 20 jul. 2016.

PRIMI, R. et al. Desenvolvimento de um Inventário de levantamento das dificuldades da decisão profissional. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre. v. 13, n. 3, p. 451-463, 2000. Disponível em Acesso em: 01 jul. 2016.

RIBEIRO. Luiza Elena L. Estresse Ocupacional do professor. Revista Psiquêhttp://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/83/artigo272948-1.asp. Nº 123, 2015. Acesso em 30 de jun. 2016.
Publicado
2018-08-12